Especial: A saga do manto tricolor
O que representa uma camisa para um aficcionado pelo esporte mais praticado no mundo?
Mais do que um tecido com as cores do seu time, o uniforme de uma equipe representa o orgulho de ser um torcedor. A paixão pela flâmula e as cores do seu time...
As seguintes linhas arquitetam um dos maiores passos no caminho da vitória xxiita: o "manto mouro tricolor".
Nove meses de improvisação
Desde os primeiros dias de aula do XXII CSAP, a construção de um ideal futebolístico em comum tornou-se uma das maiores preocupações desses csapianos. Da escolha do nome até a participação dos melhores jogadores, tudo fora um desafio nessa jornada de 9 meses, que nos levou ao 3° lugar no CSAPÃO logo em nossa primeira temporada. Destarte, conseguimos muito sem um manto oficial, jogando sob a égide da improvisação. Contanto, é de se saber o quão custoso é confeccionar um uniforme. Vai-se esforço, dinheiro, preocupação e tempo - algo escasso para um csapiano.
A importância de algo que nos una, ainda que apenas visualmente, se fez necessária. Tornamos uma das únicas equipes que em sua segunda temporada não possuía um uniforme, configurando-nos em uma vergonha organizacional.
Já no mês de fevereiro, às vésperas do Carnaval, a diretoria moura partiu ao mercado em busca das melhores opções: as que honrassem a tradição e a garra do foot-ball sagrado. Tomadas e tomadas de preço após, achamos o local mais adequado: a Difato Esportes.
Passamos à fase de escolha das cores que mais nos representassem. O verde era inarredável: é a cor do Islã, Maomé a elogia e os muçulmanos acreditam que as almas dos mártires do Islã entrarão no Paraíso sob a forma de aves de cor verde. O preto representa a nossa afrodescendência, o orgulho do negro em nossa veias. O branco representa a paz, a crença no futebol-arte. Assim, nasceu o Tricolor Mouro.
Outra preocupação surgira: a semelhança primária com as cores do Maxixe, equipe do CSAP XIX. Logo, procuramos modelos o mais exclusivo possível afim de nos destacarmos da tradição maxixe. Um modelo à semelhança, em cortes, da camisa do tricolor paulista São Paulo F.C. foi a solução. Assim, passamos à fase da confecção: dias e noites de cortes, costuras, impressões em silk-screen, aplicações, bordados. Trabalhadoras deixam seus filhos por conta de amigas afim de completar o serviço dentro do prazo estipulado.
A ansiedade
Assim se fez a camisa xxita, em seu modelo masculino e feminino. A alegria pelo cumprimento da tarefa sagrada arrebatou nossos corações como um sonho concretizado de criança. A previsão otimista é que já nas quartas-de-final contra o 171, no dia 28/04, o manto sagrado tricolor defilará altivo pelas quadras do Tropical, nunca caminhando sozinho.
Para a tristeza dos adversários, pela ventania, pelo temporal, estaremos de pé, com a alegria de sermos xxiitas. O nosso hino cantado à viva-voz, à inspiração dos Reds, vem-nos à cabeça sempre que as luzes refletidas nas cores alvinegro-verdes alcançam nossas retinas:
Walk on, walk on with hope in your heart and you'll never walk alone!
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